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Tribunal da ue decide: casamento gay deve ser reconhecido em todos os países membros

Complexo do Tribunal de Justiça da União Europeia em Luxemburgo, com bandeiras dos países da E...

Casamentos entre pessoas do mesmo sexo deverão ser reconhecidos em todos os países da União Europeia (UE), conforme decisão proferida nesta terça-feira pela principal corte do bloco. A decisão surge após análise de um caso envolvendo a Polônia, que se recusou a registrar o casamento de dois cidadãos poloneses realizado na Alemanha, onde a união entre pessoas do mesmo sexo é legalizada desde 2017.

O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) considerou que a Polônia agiu incorretamente ao não reconhecer o casamento dos dois homens após o retorno deles ao país. A justificativa polonesa para a negativa baseou-se na legislação nacional, que proíbe expressamente uniões entre pessoas do mesmo sexo.

A decisão do TJUE representa um marco, ao determinar que a recusa em reconhecer um casamento entre cidadãos da União Europeia, legalmente celebrado em outro Estado-Membro onde exerceram sua liberdade de circulação e residência, é contrária ao direito da UE. A corte considera que tal recusa infringe a liberdade de circulação e o direito ao respeito pela vida privada e familiar.

Embora a UE não tenha o poder de obrigar seus Estados-membros a legalizar o casamento gay, a decisão estabelece que qualquer união válida em um país que o permita deve ser reconhecida por todos os demais integrantes do bloco. Isso significa que o estado civil de qualquer cidadão da União Europeia deve ser reconhecido em todo o território dos 27 países membros.

Consequentemente, nações como Romênia, Bulgária e Letônia, onde não há previsão legal para uniões entre pessoas do mesmo sexo, deverão aceitar esses casamentos quando realizados em outros países da UE.

A questão do reconhecimento de uniões homoafetivas tem sido um ponto de debate na Polônia. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, líder do partido centrista Plataforma Cívica, conhecido por sua postura pró-União Europeia e pela defesa de políticas liberais e de integração, já manifestou que projetos para reconhecer uniões homoafetivas no país enfrentam resistência dentro da coalizão governista. O presidente conservador da Polônia, Karol Nawrocki, também declarou que vetaria qualquer projeto que enfraquecesse o status do casamento protegido constitucionalmente. A Constituição polonesa define o casamento como uma união exclusivamente entre um homem e uma mulher.

Fonte: folhagospel.com

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