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Cristãos na frança enfrentam ameaça crescente do extremismo islâmico, revela alerta

Torre Eiffel em Paris, capital da França (Foto: Canva Pro)

Um relatório interno da inteligência francesa soa o alarme sobre a crescente ameaça que as comunidades cristãs enfrentam no país. O documento confidencial destaca a ligação entre ataques recentes na Europa e décadas de propagação de propaganda jihadista.

O alerta surge após um ataque ocorrido em Lyon, em setembro, contra Ashur Sarnaya, um cristão iraquiano cadeirante. Investigadores apontam este incidente como um exemplo da persistente obsessão jihadista em atacar cristãos.

Segundo a Direção Geral de Segurança Interna (DGSI), grupos islâmicos têm consistentemente visado os cristãos, rotulando-os como “infiéis” ou “idólatras”. O relatório detalha como essa narrativa se baseia em uma propaganda antiga que retrata os cristãos como “cruzados”, evocando referências às Cruzadas, à colonização europeia e a operações militares ocidentais recentes.

O documento da DGSI demonstra como essa retórica anticristã se traduz em violência real. Já em 1998, Osama bin Laden, então líder da Al-Qaeda, emitiu uma fatwa conclamando ataques contra “judeus e cruzados”. Seu sucessor, Ayman al-Zawahiri, ecoou essa visão, descrevendo o cenário global como um confronto entre “os cruzados e seus aliados” e os muçulmanos.

O Estado Islâmico também fez uso de uma retórica semelhante, prometendo em 2014 “conquistar sua Roma, quebrar suas cruzes e escravizar suas mulheres… Elas venderão seus filhos no mercado de escravos”. Em 2015, a revista em língua francesa do grupo, Dar al-Islam, incentivou ataques a igrejas com o objetivo de “incutir medo em seus corações”. A agência jihadista Thabat divulgou uma declaração condenando a “islamofobia” e apelando ao uso de facas ou veículos como armas, com foco específico em locais de culto cristãos.

Essa ideologia extremista já teve efeitos devastadores em várias partes do mundo. Na Argélia, durante os anos 1990, o Grupo Islâmico Armado assassinou pelo menos 19 líderes religiosos. No Paquistão, nos anos 2000, a Al-Qaeda atacou comunidades cristãs locais. Em 2015, o Estado Islâmico executou 21 cristãos coptas egípcios na Líbia.

A Europa também tem sido palco de ataques. O atentado no mercado de Natal de Berlim em 2016, que resultou na morte de 12 pessoas, o assassinato do padre Jacques Hamel em Saint-Étienne-du-Rouvray e o ataque à basílica de Nice em 2020 são exemplos da vulnerabilidade do continente.

Dados recentes indicam um aumento na violência anticristã na Europa. Incidentes como incêndios criminosos em igrejas na Alemanha e agressões contra fiéis e ataques a locais históricos na França, incluindo o uso de gás lacrimogêneo durante cultos, demonstram a crescente ameaça enfrentada pelas comunidades cristãs.

Fonte: folhagospel.com

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