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Ataque Terrorista em Sydney Mata 11 em Evento de Hanukkah

Imagens do atentado em Sydney. (Fotos: Reprodução/Redes Sociais)

Tragédia em Bondi Beach deixa dezenas de feridos e é classificada como ato de antissemitismo maligno por autoridades australianas e internacionais.

Um ataque terrorista durante a celebração de Hanukkah na icônica Bondi Beach, em Sydney, Austrália, resultou na morte de ao menos 11 pessoas neste domingo, 14 de dezembro de 2025. O incidente, que deixou 29 feridos, incluindo uma criança e dois policiais, foi rapidamente condenado por líderes mundiais como um ato hediondo de antissemitismo e terror. Autoridades australianas confirmaram que um dos atiradores foi morto no local, outro detido em estado grave, e investigam o possível envolvimento de um terceiro agressor.

Dezenas de tiros foram disparados no início da noite durante a primeira celebração do festival judaico. No cenário do crime, dispositivos explosivos improvisados (IEDs) foram localizados em um veículo associado a um dos terroristas, sendo removidos por equipes especializadas. Uma das pessoas suspeitas foi identificada como Naveed Akram por uma fonte policial de alto escalão à ABC News da Austrália, e uma operação de busca e apreensão está em andamento em sua residência em Sydney. A polícia ainda não esclareceu se Akram é o agressor falecido ou o que se encontra sob custódia, em condição grave. Testemunhas descreveram cenas de caos e horror, com corpos estendidos e pessoas correndo para salvar suas vidas.

A resposta internacional foi imediata e unânime. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, classificou o episódio como “um ato de antissemitismo maligno, um ato de terrorismo que atingiu o coração da nossa nação”. O presidente de Israel, Isaac Herzog, referiu-se ao ocorrido como um “ataque muito cruel contra os judeus”, enquanto Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, expressou solidariedade, afirmando que seu país “sempre estará ao lado da Austrália e da comunidade judaica”.

O impacto na comunidade judaica foi profundamente sentido. Alex Ryvchin, co-CEO do Conselho Executivo da Comunidade Judaica Australiana, revelou que familiares e amigos estão entre as vítimas. Em uma entrevista emocionante à BBC News, ele descreveu um amigo, pai há apenas um mês, como “o ser humano mais luminoso, presente e alegre” que conheceu, cujo filho crescerá sem pai. Ryvchin também narrou ter ajudado a reunir uma menina de quatro anos com seus pais após o ataque, temendo que os responsáveis tivessem “planos para massacrar aquela menina e pessoas como ela”. O secretário-geral da ONU, António Guterres, utilizou a plataforma X para se declarar “horrorizado” e condenar o “ataque hediondo e mortal contra famílias judias reunidas em Sydney para celebrar o Hanukkah”.

A realeza britânica também se manifestou. O Rei Charles III, em comunicado conjunto com a Rainha Camilla, expressou “horror e tristeza” pelo “terrível ataque terrorista antissemita”. Ele destacou que “em momentos de dor, os australianos sempre se unem em solidariedade e determinação”, e que o “espírito de comunidade e amor e a luz que está no coração do festival de Hanukkah, sempre triunfarão sobre a escuridão de tamanha maldade”. O Príncipe e a Princesa de Gales, William e Catherine Middleton, enviaram suas “mais profundas condolências” e solidarizaram-se com a comunidade judaica. Em meio à tragédia, relatos de heroísmo emergiram, como o de Ahmed El Ahmad, um comerciante que, segundo testemunhas, agiu como um escudo humano para proteger vidas inocentes durante o caos.

Em resposta ao ataque, forças policiais em outras nações reforçaram a segurança para suas comunidades judaicas. A Polícia Metropolitana de Londres reconheceu uma “preocupação maior com a segurança” para os judeus locais, especialmente durante as celebrações de Hanukkah. Embora não haja evidências de ligação direta com o nível de ameaça em Londres, patrulhas adicionais e interação com a comunidade foram intensificadas. Similarmente, a Polícia da Escócia comunicou-se com líderes religiosos e aumentou a vigilância em sinagogas e locais judaicos, assegurando que, apesar de não haver ameaças específicas, a precaução é essencial.

O ataque ocorreu durante a celebração de Hanukkah, também conhecida como a Festa das Luzes. A palavra hebraica “Hanukkah” significa “dedicação”, e o festival celebra a vitória dos Macabeus contra o império Selêucida, um triunfo da fé sobre a opressão. A festa comemora também um milagre: a multiplicação do azeite da menorá, que durou oito dias quando havia suprimento para apenas um, após a reconquista e rededicação do Templo de Jerusalém. Este simbolismo de luz e esperança contra a escuridão ganha um significado ainda mais pungente diante do trágico evento em Sydney.

Fonte: https://guiame.com.br

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