O gesto de condolências por parte do governo norte-americano ocorre em meio a um acirrado debate nacional sobre a violência e o narcoterrorismo no estado, desencadeado pelas mortes de agentes durante o confronto.
“Neste momento de luto, reiteramos nosso respeito e admiração pelo trabalho incansável das forças de segurança do Estado e nos colocamos à disposição para qualquer apoio que se faça necessário”, diz um trecho da carta.
A comunicação, emitida pelo governo do Presidente Donald Trump, não se restringiu à manifestação de solidariedade, mas também colocou os EUA à disposição para colaborar no combate ao tráfico de drogas.
A oferta de apoio ocorre em um momento de divergência política entre os governos do Brasil e dos EUA sobre a classificação das facções criminosas. Enquanto a administração americana se alinha ao Secretário de Segurança do Rio de Janeiro e ao Governador Cláudio Castro (PL) na busca por medidas mais rígidas, o governo Lula tem se posicionado contra classificar as facções como terroristas, alegando desalinho com a legislação brasileira.
A carta de condolências refere-se aos agentes de segurança mortos em uma megaoperação contra facções criminosas que atuam nos Complexos da Penha e do Alemão, envolvendo cerca de 2,5 mil policiais.
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A operação resultou na morte de quatro policiais e, segundo o governo do RJ, mais de uma centena de criminosos.
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Os policiais tombados foram homenageados como “heróis” pelas corporações e foram alvo de uma grande mobilização de solidariedade, incluindo uma campanha de arrecadação que ultrapassou a meta inicial.
A manifestação de apoio dos EUA sublinha a dimensão internacional do problema do narcotráfico e a importância da cooperação externa para o enfrentamento do crime organizado no Brasil.
