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Luiz Sayão critica Dependência de marketing e Teatro em cultos evangélicos

Em vídeo com grande repercussão, o renomado teólogo e pastor questiona a autenticidade da experiência religiosa em comunidades de fé contemporâneas.

O pastor e teólogo Luiz Sayão recentemente levantou um debate sobre a natureza dos cultos evangélicos modernos, apontando uma crescente dependência de estratégias de marketing e elementos teatrais em detrimento da fé genuína. A declaração foi feita em um vídeo veiculado no canal oficial da Igreja Batista Nações Unidas no YouTube, e ganhou significativa visibilidade nas redes sociais nos últimos dias, provocando reflexão entre fiéis e líderes religiosos sobre a profundidade da experiência de fé.

Em sua análise, Sayão argumenta que muitos líderes eclesiásticos têm recorrido a “recursos externos” para gerar engajamento e a sensação de movimento nas congregações. Ele especificou a utilização de elementos como iluminação estratégica, paletas de cores específicas, programações cuidadosamente planejadas e até mesmo técnicas de programação neurolinguística (PNL) para “fazer a coisa acontecer” dentro dos templos. Este cenário, segundo ele, desloca o foco da espiritualidade intrínseca para uma performance orquestrada.

O teólogo expressa preocupação com o resultado dessa metodologia. Embora possa haver uma aparente efervescência e participação ativa, com pessoas cantando e falando, Sayão sugere que há uma carência de conteúdo espiritual autêntico. “As pessoas estão cantando, falando, ensinando, mas quando você olha no fundo dos olhos, vê que nada está acontecendo. Não é real. É teatro”, declarou, enfatizando a superficialidade que pode mascarar a ausência de uma verdadeira conexão espiritual.

Luiz Sayão prossegue sua reflexão diferenciando o que ele chama de “religião por definição”, que pode ser comparada a um roteiro decorado, de uma experiência espiritual profunda e pessoal. Para o pastor, a fé verdadeira não se resume a uma encenação bem elaborada ou a um conjunto de técnicas persuasivas. Em vez disso, ela emerge de um encontro genuíno e íntimo com o divino, que transcende qualquer estratégia humana ou manipulação externa.

A crítica de Sayão insere-se em um contexto mais amplo de discussões sobre a autenticidade e a possível mercantilização da fé em um cenário religioso cada vez mais diverso e competitivo. A programação neurolinguística (PNL), por exemplo, é um conjunto de abordagens e técnicas comunicacionais e psicológicas que buscam aprimorar o desenvolvimento pessoal e interpessoal, mas sua aplicação em contextos religiosos, como sugerido pelo pastor, levanta questões sobre a genuinidade da experiência de fé. Ele conclui que somente quem trilha um caminho de experiência pessoal e profunda com Deus pode verdadeiramente acreditar e expressar a fé de maneira autêntica, sem a necessidade de representação.

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