Na Uganda, um casal de missionários brasileiros, Daniel e Lorena Mallmann, dedica-se a levar auxílio e esperança a uma comunidade de pessoas com albinismo. Desde 2023 atuando no continente africano, os dois voltaram suas atenções para o Campo de Refugiados de Nakivale, onde vivem cerca de 50 albinos e suas famílias, que fugiram de seus países de origem – Somália, Congo, Burundi e Ruanda – em busca de proteção.
A perseguição enfrentada por essas pessoas é motivada por crenças de que seus corpos possuem poderes mágicos. Tal superstição alimenta um mercado negro onde partes do corpo de albinos são comercializadas e utilizadas em rituais de feitiçaria.
“Eles não conseguem viver uma vida normal fora [do campo] porque correm o risco de serem sequestrados”, relata Daniel, enfatizando a vulnerabilidade extrema dessa população. “Os albinos são desprezados na sociedade, muitos não querem nem tocar neles por acreditarem que são amaldiçoados. Deus tem colocado o amor Dele em nossos corações e esse povo é o nosso povo.”
Os missionários, vinculados à organização JOCUM, iniciaram suas visitas à comunidade albina em Nakivale no ano passado. Além da evangelização, eles se dedicam a suprir as necessidades básicas dessas famílias, contando com doações para fornecer cestas básicas, refeições, vaselina, óculos de sol, chapéus e protetor solar.
“Devido ao fato da pele ser um dos maiores desafios que enfrentam, nos comprometemos a ajudá-los com os itens essenciais”, explicam Daniel e Lorena. “Esses produtos são extremamente necessários, mas, devido à condição precária de suas famílias, muitos não têm condições de adquiri-los.”
A missão também distribui Bíblias em áudio na língua nativa da comunidade, buscando oferecer conforto espiritual e esperança.
Além do trabalho com os albinos, o casal de missionários atua em todo o Campo de Refugiados de Nakivale, que abriga aproximadamente 180 mil refugiados de diversas nacionalidades. Eles promovem discipulado para cerca de 60 refugiados cristãos e oferecem alimentação e evangelização para 300 crianças vulneráveis, muitas delas órfãs e fugitivas de guerras. “São crianças em situação de vulnerabilidade”, afirmam os missionários, “em sua maioria órfãs e fugitivas da guerra. A maioria delas se alimenta apenas uma vez ao dia.”
Fonte: guiame.com.br