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Novo Decreto do Vaticano Reafirma que Apenas Jesus Cristo é o Redentor, Maria Não é “Corredentora”

O Vaticano publicou nesta terça-feira (4) um novo e definitivo decreto doutrinário que visa encerrar um debate secular dentro da Igreja Católica. O documento, aprovado pelo Papa Leão XIV e emitido pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, reitera a centralidade e a exclusividade de Jesus Cristo na obra da Redenção da humanidade, determinando que a Virgem Maria não deve ser chamada de “Corredentora”.

Não seria apropriado usar o título ‘corredentora’”, afirma o texto. “Esse título pode criar confusão e gerar desequilíbrio na harmonia das verdades da fé cristã”.

O decreto reforça que, embora Maria tenha exercido um papel singular e fundamental na história da salvação, a Redenção foi realizada unicamente por Cristo, através de sua crucificação, morte e ressurreição.

Raízes do Debate e Posição dos Papas

O ensinamento oficial da Igreja sempre sustentou que Jesus redimiu a humanidade sozinho. Contudo, a intensa participação de Maria ao aceitar o chamado divino, como Mãe de Deus, gerou um debate entre teólogos e fiéis sobre se sua cooperação justificaria o uso do título de “Corredentora”.

  • Papa Francisco (falecido em abril de 2024): Posicionou-se veementemente contra o título, classificando a atribuição como “tolice” em 2019. Ele enfatizou que Maria “nunca quis tirar nada de seu Filho para si mesma”.

  • Papa Bento XVI: Também rejeitou o termo, mantendo a clara distinção entre a cooperação materna de Maria e a obra redentora exclusiva de Cristo.

  • Papa João Paulo II: Demonstrou simpatia inicial, mas suspendeu o uso público do título nos anos 1990, acatando reservas teológicas manifestadas pelo então escritório doutrinário.

O Papel de Maria: Intercessora e Modelo de Fé

O novo documento, longe de diminuir a importância de Maria, reafirma seu papel essencial como intercessora e cooperadora na obra divina.

“Ao dar à luz Jesus, ela abriu os portões da Redenção que toda a humanidade aguardava”, diz o decreto.

O texto recorda a resposta de fé de Maria no Evangelho de Lucas como o cerne de sua cooperação: “Eis aqui a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra” (Lucas 1:38).

O Vaticano ensina que essa obediência a tornou um modelo de submissão à vontade de Deus e um testemunho de fé viva. Contudo, essa cooperação não a coloca em igualdade com Cristo na obra salvífica.

Objetivo Final: Centralidade de Cristo

Com este novo decreto, o Vaticano busca encerrar uma discussão interna que, por décadas, dividiu correntes mariológicas e gerou tensões teológicas. A orientação final tem como objetivo preservar a centralidade de Jesus Cristo na fé cristã e evitar qualquer interpretação que possa enfraquecer o princípio fundamental da Redenção exclusiva de Cristo.

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