O saldo trágico foi de seis mortes confirmadas (cinco em Rio Bonito do Iguaçu e uma na vizinha Guarapuava) e cerca de 775 feridos. O prefeito Sezar Augusto Bovino resumiu a situação, declarando que a cidade “terá de ser reconstruída”, comparando o cenário de devastação a uma “região em guerra”.
Diante da magnitude da catástrofe, a resposta dos governos estadual e federal foi imediata e coordenada, visando agilizar o socorro e a fase de reconstrução:
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Calamidade Pública e Recursos: O Governo do Paraná decretou estado de calamidade pública, prontamente reconhecido pelo Governo Federal através de portaria em edição extra do Diário Oficial da União. Este reconhecimento é crucial, pois permite o rito sumário para a liberação acelerada de recursos federais destinados à assistência humanitária e à recuperação da infraestrutura, além de autorizar contratações emergenciais sem licitação.
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Força-Tarefa Estadual: O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou uma Força-Tarefa com mobilização de equipes especializadas, incluindo a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), para mapear os danos estruturais e planejar a reconstrução de moradias.
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Apoio Federal em Saúde: O Ministério da Saúde enviou a Força Nacional do SUS para garantir o atendimento médico e psicológico à população afetada e aos desalojados.
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Infraestrutura e Serviços: As concessionárias de serviços públicos, Copel (energia) e Sanepar (água), montaram operações emergenciais para restabelecer os serviços essenciais, que foram completamente comprometidos. Equipes do DER/PR também trabalharam intensamente para desobstruir as rodovias afetadas, como a PRC-158 e a PRC-466.
Mais de mil moradores ficaram desalojados ou desabrigados, perdendo praticamente todos os seus bens. Além de centenas de residências danificadas, prédios públicos e importantes estruturas comerciais, incluindo os três maiores mercados da cidade, foram completamente destruídos.
Com as buscas por desaparecidos encerradas e a Defesa Civil confirmando o número de vítimas, o foco no domingo, 9 de novembro de 2025, se voltou para a fase prática da recuperação. O trabalho de reconstrução, que o prefeito indicou ser a única via a seguir, foi oficialmente iniciado, concentrando-se na retirada de escombros e na distribuição de materiais.
A solidariedade se espalhou por todo o Paraná. Campanhas de arrecadação de donativos, coordenadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), Provopar Estadual, OAB-PR e prefeituras vizinhas, estão mobilizando a população para enviar água potável, alimentos, colchões, cobertores e, principalmente, materiais de construção e mão de obra voluntária, elementos cruciais para que Rio Bonito do Iguaçu possa, de fato, se reerguer.