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Tribunal europeu decide: casamentos lgbtqia+ devem ser reconhecidos em toda a união europeia

Complexo do Tribunal de Justiça da União Europeia em Luxemburgo, com bandeiras dos países da E...

Uma decisão marcante do principal tribunal da União Europeia (UE), proferida nesta terça-feira, estabelece que os casamentos entre pessoas do mesmo sexo precisam ser reconhecidos em todos os países membros do bloco. A decisão surge após a análise de um caso envolvendo a Polônia, que se recusou a registrar um casamento entre dois cidadãos poloneses, legalmente realizado na Alemanha, onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo é permitido desde 2017, e a união civil desde 2001.

O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) considerou que a Polônia agiu incorretamente ao não reconhecer o casamento dos dois homens após seu retorno ao país. A justificativa polonesa para a recusa baseou-se na legislação nacional, que proíbe uniões entre pessoas do mesmo sexo.

Na Polônia, a Constituição define o casamento como uma união exclusivamente entre um homem e uma mulher, princípio considerado essencial para a proteção da família tradicional. Essa cláusula é um ponto sensível para setores conservadores, que veem qualquer tentativa de mudança, como a legalização do casamento homoafetivo, como uma violação constitucional.

O Tribunal concluiu que “recusar o reconhecimento de um casamento entre dois cidadãos da União, celebrado legalmente em outro Estado-Membro onde exerceram a sua liberdade de circulação e de residência, é contrário ao direito da UE, porque infringe essa liberdade e o direito ao respeito pela vida privada e familiar”.

Embora a UE não tenha o poder de obrigar seus Estados-membros a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a decisão determina que qualquer união válida em um país que o permita deve ser reconhecida por todos os demais integrantes do bloco. O estado civil de qualquer cidadão da União Europeia deve ser reconhecido em todo o território dos 27 países.

Isso significa que nações como Romênia, Bulgária e Letônia, onde não há previsão legal para uniões entre pessoas do mesmo sexo, terão de aceitar esse tipo de casamento quando realizado em outro país do bloco.

Fonte: guiame.com.br

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